Na tarde de terça-feira (22/04), o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus outros seis investigados por supostos atos golpistas. Os indivíduos respondem por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Os investigados são os ex-assessores de Jair Bolsonaro, Filipe Martins e Marcelo Câmara; o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques; o general da reserva, Mário Fernandes; a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília de Alencar e o ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça, Fernando de Sousa Oliveira.

Antes da votação unânime, o ministro Alexandre de Moraes citou o envolvimento dos réus no plano “Punhal Verde Amarelo”, em que o próprio seria alvo, além da minuta do golpe, documento no qual justificam a decretação de estado de sítio e a operação de Garantia da Lei e de Ordem (GLO) pelas Forças Armadas.
“Não há dúvida sobre a violência praticada. Cada um dos denunciados terá toda a ação penal para provar que eles não participaram, mas não é possível negar que houve, no dia 8 de janeiro de 2023, a tentativa de golpe de Estado”, concluiu.
O próximo passo é um julgamento em que os ministros vão decidir entre a condenação ou absolvição dos acusados. A sessão ainda não foi marcada.